Sindrome do dedo Podre .
por Reviane.
Certas pessoas negam tanto os sentimentos como a realidade.
A negação é a própria falta de aceitação e alimenta o “controle” e o fracasso inevitável alimenta a necessidade de negar. Este tipo de pessoa sonha com um relacionamento que gostaria.Mas tem o “dedo podre”, e vive relacionamentos destrutivos e insalubres.Um “vir a ser”, e até afirma:”ele não é tão mau assim”. Seu esforço para atingir este fim de transformar o relacionamento deturpa sua percepção de como ele é. Toda decepção e todo fracasso e toda traição no relacionamento são ignorados ou racionalizados.”Você não compreende como ele/ela realmente é”, ou:”Ele/ela não teve a intensão, não é culpa dele” ou dela.A pessoa defende o parceiro (a)e o relacionamento.
Quanto mais decepção mais esforço pra “ajudar”. A “ajuda”, é o lado ensolarado do “controle”, isso significa, que a intensão por traz da “ajuda”, é “controlar”.
Mas por que existem pessoas controladoras?
Existe em todo ser humano uma compulsão para recriar as mesmas dores e feridas da infância. Isso ocorre, quando inconscientemente encontra-se pessoas com que se pode desempenhar os mesmos papéis de quando estáva-se crescendo. Dores, dificuldades no lar, carências de todos os tipos são revividas.Numa criança, o que parece bom ou ruim confunde-se e emaranha-se e, finalmente, tornam-se uma coisa só. Sentimentos de sobrecarga e medo , eram obscurescidos pelo senso de competência.É o COMPLEXO DA SALVADORA(or).
Este complexo atinge mais mulheres.Mas homens também .
Quando uma criança foi negligenciada em suas necessidades mais básicas, não há lugar nem tempo para expressar seu próprio pânico e fica sendo normal a falta de oportunidades de se reconhecer e levar pelas emoções.
A pessoa até conclui muito secretamente:” se não recebi amor, nem dos meus pais, não devo valer lá muita coisa mesmo”. Como a criança não pode mudar os pais e o lar disfuncional, ela cresce como adulto com esse anceio infantil internalizado e quer mudar o outro, numa campanha.A criança acredita na própria onipotência infantil.
Nos sentimos confortáveis e corretos com oque nos parece familiar.
Esse tipo específico de pessoa sempre tenta consertas as coisas. Ser mais forte no relacionamento e ter o “controle”, evita que ela seja magoada. Pra estas pessoas, perder e ser abandonada é ameaçador.Por isso acreditam que se relacionando com alguém que precisa dela, jamais será abandonada. É um jeito de ser do tipo que se PREOCUPA demais. Seus relacionamentos são sempre um ” vir a ser”, um investimento pra quando ele/ ela melhorar, ou ser mais maduro, ou se separar, ou ganhar dinheiro, ou arrumar um bom emprego, ou parar de usar drogas, ou fazer aquela psicoterapia que irá curá-lo de sua vida sofrida, etc. Seus relacionamentos são incapazes de verdadeira intimidade.Vivem a fantasia de como amarão ou serão amadas algum dia, quando seu parceiro se modificar e se tornar acessível como gostaria que fosse o amor de seus pais, ou adultos a sua volta quando crianças.
Assim, essa pessoa busca o amor sonegando. Por que não se sente digna ou merecedora. Ela sente atração por o que é difícil.Se for fácil pra ela perde a graça.Pra ela, o amor não é familiar e ela não sabe receber gratuitamente.Em ocasiões mesmos as sociais, precisa sempre se sentir útil e necessária. Ela pensa:” melhor ficar com alguém mesmo que não atenda às minhas necessidades e que não vai me abandonar, do que alguém amável e que pode ir embora. Ela confunde amor com controle. O filme A BELA E A FERA, traz uma verdade espiritual, que é muito difícil de compreender e muito mais ainda de por em prática. Nossa cultura distorce essas verdades, como se amar suficiente é conseguir modificar a o outro. Na realidade a verdade oculta no filme está em aceitar como ele é.
Se uma pessoa não aceita e não se realiza com o outro como verdadeiramente ele se apresenta, sem exigir perfeição, mas vendo a realidade, ela nāo se sente capaz de amar e ser amada genuinamente.Justifica sua falta de amor porque o outro não é do jeito como gostaria que fosse e inicia todo o processo doentio de co-dependência.
Mas no filme a bela já amava a fera exatamente como ele era.Não cogitou mudar ele.Por isso ele se torna lindo príncipe.Ou seja, já aceita desde o começo e não é um vir a ser.Não é aceitar coisa feia pra si.Muito pelo contrário, é amar a si próprio a ponto de aceitar oque é bom e amável pra si.Ter coragem de amar genuinamente e ser amada(o) genuinamente.E não se esconder atrás de pessoas inacessíveis pra justificar seu falso amor próprio e falso amor pelo outro.
REFERÊNCIAS:
Criando união.Eva Pierrakos.
Gente que mora dentro da gente.Patricia Gebrim.
Mulheres que amam demais.Robin Nerwood