A simplicidade está para a complexidade, assim como a dificuldade está para a facilidade. Pense nisso…
A vida é simples, mas também é complexa. Porém, muitas vezes, somos nós que dificultamos as coisas, tornando a jornada menos fluida e prazerosa. Melhor seria abraçar a simplicidade.
Em nossas mentes, podemos criar os extremos: o drama e a sátira, o pânico e o sorriso, a força e a fragilidade. Afinal, vivemos em um mundo dual, onde opostos coexistem. Somos tão criativos que, às vezes, quando não temos problemas reais, acabamos inventando-os.
Como Gandhi sabiamente disse: “O que pensais, passa a ser.”
É curioso pensar que aqueles que buscam obsessivamente a perfeição acabam se aproximando mais de máquinas do que de pessoas completas. A vida não é apenas sobre pensar em ser perfeito; é sobre abraçar a imperfeição, porque é nela que reside nossa humanidade.
Da mesma forma, quem busca ser exclusivamente feliz, paradoxalmente, encontra mais infelicidade. O segredo está no equilíbrio: viver o caminho do meio. Isso não significa ser meio feliz, mas sim aceitar que somos felizes e tristes, fortes e frágeis, e que esses estados coexistem em harmonia.
O Perigo de Uma Vida Excessivamente Racional
Outra observação interessante: pessoas muito racionais tendem a amar menos e sonhar pouco. Contudo, os grandes transformadores da história foram sonhadores – muitos foram chamados de loucos, tolos ou alvo de zombarias e discriminações. Mesmo assim, não desistiram.
E qual foi o segredo deles?
Esses visionários dedicaram suas vidas a criar, inventar e descobrir. Apesar das dificuldades, mantiveram uma visão panorâmica, mesmo em tempos de neblina. Eles foram empreendedores, estrategistas, otimistas e críticos. Não temeram navegar por mares desconhecidos, como Epicuro nos lembra:
“Os grandes navegadores devem sua reputação aos temporais e às tempestades.”
Se evitar as tempestades por medo, jamais conquistará novos continentes. O medo é parte da jornada, assim como a coragem que o desafia.
A Paciência e a Força Interior
Kant nos inspira com sua reflexão: “A paciência é amarga, mas dá frutos doces.” De fato, a paciência é como um diamante – uma virtude rara e valiosa que sustenta a personalidade em tempos de dificuldade.
Por fim, lembre-se: o medo está para a coragem, assim como a simplicidade está para a complexidade. A vida é feita de dualidades, e é no equilíbrio entre elas que encontramos o verdadeiro sentido de existir.